Amar é o verbo que vence o infinito
Em tempos que a sintaxe não domina,
Traduz em cada gesto a dor divina
De quem ama além do escrito e do dito.
É força que resiste ao tempo adverso,
Bússola e barco em mar que se transforma,
Rio que mesmo em pedra se conforma
E nasce eterno em cada novo verso.
Quando enfim dois olhares se conhecem
E criam juntos a mesma esperança,
Tecem um fio que sempre permanece
Em nós que a alma move em sua dança.
Amor que nunca perde nem desvanece
É força eterna que nunca se cansa.
Souza Cruz