Sonetos : 

Sou o rei do soneto adormecido

 
Sou o rei do soneto adormecido,
A vergonha das letras, perdedor,
Em todas as batalhas, sem rancor,
O mestre do desencanto, esquecido.

Soprando no meu ouvido, um zumbido,
De voz, de vento, seja do que for,
De sentimento, de prazer, de dor,
Torna-me bruto, um bruto embevecido.

Sem sol, nem bússola, nem astrolábios,
Na noite onde nenhuma luz me guia,
E o vácuo da solidão só crescia…

Reneguei todos os dizeres sábios,
Não se descolem por mim nenhuns lábios,
Que é esta, só tenho e sei esta poesia.

15 de Novembro de 2011


Viriato Samora

 
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ViriatoSamora
 
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