Teus olhos de esperança diziam
O que nenhuma boca se atreveu,
Ao encanto daqueles sóis que se abriam,
A terra sob a treva estremeceu.
Na névoa do sonho vive o meu eu,
Em sentimentos que não se sentiam,
Pulsar de vida de quem não nasceu,
Versos vãos de noites que se perdiam.
Surgiste em graças puras de realeza,
Num esplendor absurdo de beleza,
Cabelo dado ao galope dos ventos…
Braço dado à luta contra a tristeza,
Tanta cor pintando os dias cinzentos,
Destoando entre todos os elementos.
10 de Julho de 2023
Viriato Samora